O mercado imobiliário é altamente sensível às variações da economia. Quando a economia está em expansão, as pessoas tendem a ter maior confiança financeira, aumentando a procura por imóveis. No entanto, em tempos de crise ou recessão, a demanda pode diminuir, forçando uma queda nos preços ou uma maior dificuldade em obter financiamentos.
Taxas de Juros e a Atual Selic: Atualmente, a taxa Selic foi elevada para 10,75% após um aumento de 0,50 p.p. em setembro de 2024. Esse aumento reflete as medidas do Banco Central para conter a inflação e afeta diretamente o custo dos financiamentos imobiliários, tornando-os mais caros. Com a Selic mais alta, os financiamentos têm parcelas mais pesadas, e isso reduz o poder de compra dos consumidores no curto prazo. Essa mudança exige cautela por parte dos compradores, pois o financiamento imobiliário ainda representa um compromisso de longo prazo.
Inflação e Índices de Aluguel: Em paralelo, em 2024, os aluguéis no Brasil tiveram um aumento significativo. Segundo o Índice FipeZap, o valor dos aluguéis nas principais cidades brasileiras subiu mais de 12% no acumulado do ano, refletindo tanto a inflação quanto a alta demanda por locação. A inflação elevada e os custos de manutenção dos imóveis contribuíram para esse aumento, enquanto muitas pessoas optaram por alugar em vez de comprar, devido às altas taxas de juros e à instabilidade econômica.
Crescimento Econômico
Uma economia em crescimento geralmente significa mais empregos e aumento da renda, o que incentiva as pessoas a investirem em imóveis. No entanto, com um cenário econômico ainda incerto, muitas famílias estão optando por adiar grandes investimentos, impactando diretamente o mercado imobiliário.
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Financiamento com Taxa de Juros Fixa: Nos financiamentos com taxa de juros fixa, o comprador tem a vantagem de saber exatamente o valor das prestações ao longo de todo o contrato, independentemente de como a economia se comporta. Mesmo que a taxa Selic suba ou desça, as parcelas permanecem inalteradas. As taxas fixas tendem a ser mais altas do que as variáveis, especialmente em um cenário de baixa Selic, pois o risco de longo prazo é incorporado desde o início.
Financiamento com Taxa de Juros Variáveis: Os financiamentos com taxa de juros variável são diretamente influenciados pelas oscilações da economia, especialmente pela taxa Selic. Em um cenário de alta da Selic, como o atual, em que a taxa está em 10,50%, as parcelas dos financiamentos tendem a subir, tornando o custo final do imóvel mais alto. Por outro lado, se a Selic cair, o valor das parcelas diminui, tornando esse tipo de financiamento mais atraente em momentos de baixa dos juros.
Financiamentos pelo Minha Casa Minha Vida: Esse programa de financiamento é voltado principalmente para famílias de baixa renda. Nele, as taxas de juros são subsidiadas pelo governo, o que significa que os beneficiários pagam juros bem mais baixos do que no mercado tradicional. Por isso, os financiamentos pelo programa são menos afetados pelas variações da Selic. Contudo, o programa não é totalmente imune às condições econômicas. Em um cenário de inflação alta, por exemplo, os custos de construção e insumos podem aumentar, o que afeta a oferta de imóveis disponíveis no programa. Além disso, a alta no custo de vida também pode dificultar o orçamento das famílias de baixa renda, que, mesmo com taxas de juros acessíveis, podem ter mais dificuldade para arcar com as despesas mensais..
Financiamento pelo Sistema de Amortização Constante (SAC): as parcelas começam mais altas e diminuem ao longo do tempo, pois a amortização do saldo devedor é mais rápida. Nesse modelo, a maior parte dos juros é paga no início do contrato. Em momentos de alta da Selic, o impacto pode ser menor nas parcelas futuras, pois a dívida principal já foi amortizada em uma parte significativa. Por outro lado, quando a Selic está mais baixa, o custo total do financiamento tende a ser mais atrativo.
Financiamento pela Tabela Price: mantém as parcelas fixas ao longo de todo o contrato, mas a composição das parcelas muda: no início, a maior parte do pagamento é destinada aos juros, e só depois a amortização da dívida começa a crescer. Em um cenário de alta dos juros, esse modelo pode ser mais custoso a longo prazo, já que os juros são mais pesados no início, e o saldo devedor demora mais para cair.( site Papo imobiliaria).
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